quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Sonhos de uma vida



Os sonhos de uma vida vão de lúdicos a uma morte serena.
Vão de momentos enfatuados próprio a alheios.

Os sonhos de uma vida não se hierarquizam
E sim, se valorizam.

[...]

Sonhamos com moedas correntes.
Sonhamos locupletarmos para assim, orçarmos a riqueza.

Sonhamos com o emprego ideal, com o carro do ano, com a casa quitada.
Sonhamos em manter a linhagem, ter momentos de admiração.
E sonhamos com a força mais pujante existente.

Eu sonho, tu sonhas, todos nós sonhamos.
E apenas um sonho é comum a todos:
“Sonhamos desejos, e desejamos sonhar...
Sonhar ser feliz.”



domingo, 24 de janeiro de 2010

Um homem de fé



Lágrimas quase latentes brilham ao ver o ser de fé.
Este é um homem de fé.
Suas palavras têm ternura.
Têm emoção para dar e vender.
Ele não vende.

Declina qualquer material.
Seu lema é pureza
Não alijas.
Este é um homem de fé.
Um grande homem de fé.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Conjuntura


Meu jeito é acanhado.
Sou fechado.
A vergonha toma conta,
Até mesmo em momentos casuais.

Não sei o que acontece.
Algo é distinto.
Algo não pertence a mim.
Não sei o que acontece.

Palavras somem na procura.
O jeito é não procurar.
O jeito é prosseguir sem paradas.
Sem paradas.

O melhor é sair,
Sair daqui.
Não tenho escolha.
Tem visita.



terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Assim vivemos...


Vivemos de sonhos e quimeras,
recordações e saudades.

Vivemos lamentando pelo que é valorizado por minorias.
E valorizamos o absentismo de princípios.

O tédio inconformado por nós amalgama na racionalidade dos seres.
Deixando-nos assim, estáticos.

Um dia percebemos o que não fora feito.
E perde-se a vontade de prosseguir no ciclo concebido.

Sentimentos efêmeros, porém constantes na linha atemporal do eu próprio.



quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O Eu



Dias corriqueiros se tornam vis.
Os amuos perpetuam dentre o puritanismo.
A exaustão no corpo é definitiva.
O ser canhestro apresenta-se no garbo.
O poder de subjetividade encontra-se em seu apogeu... Será?



sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Atemporal


Do acolhedor fito o céu semiaberto.
O olhar é contundente, visa o lôbrego,
enquanto o reflexo devaneia a linearidade do preito.

Em contrário, falsas efígies criam eloquências e ilusões em seus alicerces,
que insistem em desfechar no clichê eclesiástico.

Tudo existe em meio a contemplação que, por sua vez, não denota acaso.



quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Com pesar

As perguntas não calam
Os pirrónicos se intercalam.

Tudo não passa de grilhões d'água
ao redor de mentes cândidas

O alento dessa plebe
reside no amparo.

E qual será o porvir?




terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O momento

O momento é tonante,
diz-se em seu significado primário.

O momento plange por efeito da condensação de um estado.

O momento deixa de ser tonante, deixa de planger.

O momento é de bonança.

O momento deixa de ser presente e torna-se passado.





sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Sentado aqui

Sentado aqui
Observo, ouço e aprendo.
Aprendo agruras enfermas e genealogias.

Ouço os males que são martelados
mas não são agonizados.

Observo a cerca, os verdes, o animal ao lado
e o céu metafísico.

E estou apenas sentado aqui.