segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

No eu mesmo



Eu falo pra eu mesmo,
(Certo e errado).
Eu minto pra eu mesmo.
Eu iludo eu mesmo.
Eu escrevo pra eu mesmo.
Eu crio um eu lírico no eu mesmo.
Eu crio um eu não-lírico no eu mesmo.

E esse sou eu mesmo,
e quem sabe um dia eu deixo de ser eu mesmo.



Um comentário:

  1. oi Andre, obrigado por sua visita ao Casa de Paragens... bom, vc me pediu uma opinião sobre seus poemas, quantos anos vc tem? a principio eu vejo neles uma força ainda jovem, talvez centrada demais no 'eu', em alguns momentos vc consegue levar a linguagem para um campo de surpresa, de encantamento, em outros vc a mantém num nível por demais coloquial... mas esse tratamento com a linguagem se aprimora com leitura dos grandes poetas e com exercícios constantes, e sobretudo, com a vontade sempre de aprofundar, de dizer mais e melhor, de provocar o leitor e provocar-se também. Vc está trabalhando com palavra na sua forma mais precisa que é a poesia, imagino que todo poeta é um daqueles caras que desarmam bombas, delicadeza, força, equilíbrio e um pouco de sorte sempre ajudam...

    abraços

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